domingo, 30 de janeiro de 2011

“A capital da música sertaneja não pode ficar sem shows”, disse Maia



O presidente da Acrissil, Francisco Maia, juntamente com os vereadores Vanderlei Cabeludo e Thais Helena, estiveram, na última sexta-feira (28) na sede do Ministério Público Estadual para uma reunião com o promotor Alexandre Raslan, que proibiu a realização de shows no Parque Laucídio Coelho. A expectativa era de que se encontrasse um meio-termo e que os shows fossem realizados.

No entanto, após duas horas de reunião a portas fechadas, não se chegou a um acordo. “Não posso assinar nenhum termo de compromisso que não possa cumprir”, disse Francisco Maia. Segundo ele, o promotor pede adequações inviáveis, como tratamento acústico do local. “O local de shows fica a céu aberto e é inviável economicamente se fazer qualquer coisa para evitar o barulho”, disse Maia.


Segundo o presidente da Acrissul, a cidade cresceu em volta do parque Laucídio Coelho e não se pode mudar o parque de lugar de uma hora para outra. “Em qualquer lugar do país, a obrigação de oferecer um local para a realização de feiras e exposições é do Estado. No caso da Acrissul, o parque Laucídio Coelho foi criado em uma época em que a região era relegada ao segundo plano para o então governo do Mato Grosso uno. Os produtores locais então, criaram o parque, que foi o embrião da luta pela divisão do estado”, disse Maia.

Capital sertaneja – De acordo com os promotores dos shows da Expogrande e de outros eventos, como o CLC e dos shows de Maria Cecília & Rodolfo e Fernando & Sorocaba, programados para maço no Parque Laucídio Coelho, Campo Grande, que ganhou o status de capital da música sertaneja, pode sair do circuito dos grandes shows por falta de um local adequado. “O próprio prefeito Nelsinho Trad confessou que o melhor local para shows em Campo Grande é o parque Laucídio Coelho”, disse Francisco Maia.


De acordo com Pedro Paulo, Cegonha e Jamelão, organizadores de shows na cidade, o prejuízo com o cancelamento dos grandes shows programados para março, dentre eles os da Expogrande, poderá chegar a R$ 400 mil. “Não há nenhum local com a infra-estrutura oferecida pelo parque Laucídio Coelho em Campo Grande”, disse Pedro Paulo Teixeira, da JPL3, organizadora dos shows da Expogrande, cuja maior estrela seria o campo-grandense Luan Santana.


A comissão formada pelo presidente da Acrissul, vereadores, o vice-prefeito Edil Albuquerque e os promotores dos shows vaise reunir com o governador André Puccinelli na segunda-feira, às 17 horas, para discutir uma saída. Além disso, a Acrissul vai procurar, judicialmente, realizar os shows.

Promotor diz que impasse entre Acrissul e Ministério Público vem desde 2008
O promotor Alexandre Raslan, que ingressou com Ação Civil Pública, requerendo a proibição dos shows e eventos culturais no Parque de Exposições Laucídio Coelho, disse que o "desrespeito às leis ambientais é histórico".

Ele lembra que a área do parque era afastada e que o crescimento populacional foi grande. Raslan reafirmou que a área não tem licenciamento ambiental e que questões de água e esgoto devem ser revistas. Segundo ele, em 2010, a maioria dos shows musicais gerou quase o dobro de barulho permitido para a região. Pela legislação, o máximo de barulho é 45 decibéis. O maior barulho registrado foi em outubro, no show do DJ Tiesto, quando foi medido 80 decibéis, ou 43% acima do permitido. O segundo lugar fica com o show do grupo de rock Skank, com 79 dB.

Fonte: A critica

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